Demanda físicas e cognitivas dos games – práticas em Centros-dia para idosos

Ana Nakamura

Instrutura de tecnologia Assistida

Muitos idosos, ao serem convidados para jogar games, demonstram um receio inicial. Grande parte deles não sabe mesmo como jogar e também preocupam-se com o seu desempenho em relação aos demais. É uma situação muito comum, e por outro lado, outros idosos aceitam prontamente o desafio da nova atividade. Dependendo da temática do jogo pode ser mais fácil sua aceitação, como por exemplo, jogos com temas de práticas esportivas.

Tenho proposto nos centros-dia, um game que auxilia no controle da marcha dos idosos, e que exige além do aspecto físico, também o cognitivo, em relação a atenção, planejamento, tomada de decisão, memória, e inibição de resposta.

O jogo tem boa acessibilidade, já que pode ser jogado inclusive sentado, e sem a plataforma de equilíbrio (Balance Board). Alguns dos alunos, que não podem manter-se em pé para realizar os movimentos, jogam sentado e experimentam a mesma sensação (de participar e de literalmente estar no jogo) dos que jogam em pé.

Um destes jogos é de uma caminhada. O Obstacle Course, oferece vários percursos a serem completados e obstáculos a desviar, e isto deve ser feito controlando a marcha (acelerando e desacelerando). Duas situações podem ocorrer se o jogador “descontrola-se”: ou é arremessado por uma bola gigante, ou cai na água. Em qualquer um dos casos, é certamente a hora mais divertida do jogo, pois o próprio jogador e os que estão apenas assistindo, ficam imersos na experiência e comemoram ao escapar dos obstáculos, ou riem uns dos outros quando divertidamente “fracassam” no percurso.

Na verdade não fracassam, ao contrário, estão ganhando controle sobre seu equilíbrio e marcha, além de divertirem-se bastante com a torcida dos demais jogadores, e com o próprio  desempenho no game. Assim como a parte física é exigida, há demanda e melhora da cognição.

O videogame Nintendo Wii tem um jogo de corrida simples, em que o jogador deve seguir um líder (que pode ser uma pessoa ou um animal de estimação), trabalhando também a marcha do jogador, além da cognição, pois no final há perguntas sobre o percurso, para testar a atenção e memória do jogador. Veja o vídeo com o jogo Basic Run:

Assim, com pesquisas científicas e práticas como estas podemos verificar os benefícios destes games de marcha, que promovem ainda a alegria dentro do grupo, aumentando as contribuições dos games (Exergames) para idosos.

 

 

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