Andreza Ferriello CAU A33.109-0
A condição de alcance, percepção e entendimento para utilização com segurança e autonomia dos espaços, equipamentos e mobiliário urbanos, dos transportes, das edificações e meios de comunicação traduzem o termo acessibilidade.
Mas a quem se destina a acessibilidade?
Uma pessoa portadora de deficiência física ou com mobilidade reduzida, mesmo que seja uma situação temporária, bem como as pessoas idosas que, conforme a Lei nº 10.741 de 2003 – Estatuto do Idoso, define como idosos as pessoas com mais de 60 anos, necessitam do direito de igualdade e respeito proporcionado pela acessibilidade.
Assim como na formação das cidades e espaços, os arquitetos e urbanistas exercem uma função social assegurando que exista a acessibilidade para todos.
Trata-se da arquitetura inclusiva que respeita e planeja a acessibilidade para que se cumpra o disposto no Decreto Federal nº 5.296 de 2004 e normatizado pela ABNT NBR 9050, prevendo entradas acessíveis por meio de rampas ou equipamentos mecânicos tais como elevadores ou plataformas, sanitários acessíveis com tamanhos, disposição de peças, barras de apoio e dispositivos de segurança, vagas de estacionamento reservadas com tamanho adequado e localização estratégica, sinalização que oriente e proteja portadores de deficiência visual, sinalização em geral, pavimentação, largura e desníveis de passeios públicos e acessibilidade em espaços privados.
As pessoas preparam a casa para a chegada do bebê, da mesma maneira deve-se pensar em preparar a casa para a chegada do idoso ou para a chegada à melhor idade. Prever espaços seguros e ao mesmo tempo acolhedores trará benefícios aos seus moradores bem como aos seus familiares. Piso antiderrapante, barras de apoio, corrimão e rampas são algumas das adaptações que podem ser feitas e que seguramente trarão segurança e liberdade aos idosos desse espaço.
Respeitar, acima de tudo, é reconhecer que todos têm o mesmo direito. As pessoas idosas ou com necessidades especiais enfrentam muitas barreiras, e por isso a importância que a acessibilidade seja tratada em toda a sua complexidade, abrangendo o ambiente físico, transporte, informação, comunicação e serviços. Esse já é um ótimo começo.